top of page

Webjornal/Webjournal

   O WebJornal é um projeto de extensão universitária desenvolvido por alunos do curso de Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo, da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação, da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, campus de Bauru. Consiste em um portal de notícias laboratorial organizado em sete editorias, as quais abordam os principais acontecimentos e temas do cotidiano. Trabalhei neste projeto durante o ano de 2012 como repórter da editoria internacional. Logo abaixo, estão algumas das matérias que escrevi. 
  The webjournal is a university extension project developed by students of the Social Communication (Journalism) course - School of Architecture , Arts and Communication, São Paulo State University "Júlio de Mesquita Filho" - Unesp. It consists of a laboratory news portal organized in seven editorials , which are related with the main events and everyday themes. I worked in this project in 2012 as international reporter. Below there are some of the articles that I wrote.

União Democrata Cristã perde eleição regional na Alemanha (18/05/12)

O Partido da chanceler alemã Angela Merkel perdeu as eleições no Estado da Renânia do Norte – Vestefália no último domingo (13)

   Uma histórica derrota ocorreu no Estado alemão da Renânia do Norte – Vestefália.A União Democrata Cristã obteve 26,3% dos votos contra 39,1% dos sociais democratas.Foi o pior desempenho da CDU na região desde a Segunda Guerra Mundial.Os Verdes,por sua vez,tiveram 11,3% e os liberais do FDP ficaram com 8,6%. E este não foi o único fracasso do partido de Merkel.Recentemente foi derrotado no Estado de Schleswig Holstein.Porém, a derrota nas urnas da Renânia teve maior impacto, por ser o Estado mais populoso e ter enorme influência no PIB nacional.

 

   O resultado mostra uma oposição à chanceler alemã, que é a maior defensora do pacto fiscal no continente, e ao seu candidato, Norbert Röttgen. A crise europeia não é só econômica, mas também política.”Como na Grécia e na França, o eleitorado [alemão] está dizendo que não legitima políticas de austeridade, mas sim políticas que não prejudiquem a Europa social e o desenvolvimento econômico”,afirma Marcus Ianoni, professor do Departamento de Ciência Política da UFF.

 

   Assim, a candidata do SPD, Hannelore Kraft, e sua proposta de reforma gradual das contas sem a utilização de medidas de austeridade alcançaram a vitória. Kraft e sua campanha bem sucedida podem melhorar o desempenho da Social Democracia no país, e testar a vulnerabilidade de Angela. Embora a esquerda se mostre contrária às atitudes de Merkel, a chanceler precisa buscar apoio para que o pacto fiscal seja ratificado.

 

   Faltando um ano para as eleições gerais,não se pode afirmar que a reeleição de Angela Merkel já está abalada, contudo Hannelore Kraft pode ser uma forte oponente e de certa forma,uma alternativa ao conversadorismo presente na Alemanha.

Egito inicia nova fase política (03/06/2012)

O país passa por eleições presidenciais após um ano da queda do ditador Hosni Mubarak

  A Primavera Árabe estourou em 2010 na Tunísia.O ato de um estudante desesperado frente às condições de vida no país foi o estopim para uma série de manifestações. No Egito, dezoito dias após o ínicio dos protestos, o ditador Hosni Mubarak foi obrigado a renunciar.O Conselho Militar passou, então, a governar o país.

 

   Só agora, após um ano do acontecimento, os egípcios escolherão um novo presidente.O primeiro turno ocorreu nos dias 23 e 24 deste mês, mas nenhum dos candidatos atingiu a maioria absoluta dos votos.Assim as eleições vão continuar nos dias 16 e 17 de junho.

 

  O processo eleitoral não está afastado de polêmicas, a organização Shayfeencum, responsável por fiscalizar o mesmo, acusa a Junta Militar de forjar votos por meio de eleitores inexistentes.A organização aponta um aumento de 10% no eleitorado em comparação com as eleições parlamentares de janeiro.

 

   O segundo turno será disputado por Mohammed Mursi, candidato da Irmandade Muçulmana, e Ahmad Shafiq, um ex-primeiro-ministro de Hosni Mubarak.

 Mohammed Mursi é militante do grupo anti-israelense Comitê para a Resistência ao Sionismo, ligado à Irmandade Muçulmana.Esteve ativamente presente na oposição ao regime de Mubarak e teve o maior número de votos no primeiro turno das eleições, refletindo a posição política da população.

 

   Já Ahmad Shafiq é visto como alguém capacitado mas disposto a ceder à pressão política e, portanto, que não representaria as mudanças que a sociedade busca nesse momento histórico.É o que afirma o professor de Relações Internacionais Hermes Moreira Junior, da Universidade Federal de Grande Dourados (MS).

 

   Serão vários os desafios para o futuro novo presidente.O Egito sofre com uma alta taxa de desemprego.A população pede, principalmente, por mais segurança e maior crescimento econômico.

 

   Hermes destaca o cuidado necessário para alcançar a estabilidade no país.”Será necessário um bom manejo político para evitar a polarização do parlamento e conduzir a articulação de uma nova constituição.Além do mais, , a transição com os militares que estão no poder precisa ser muito bem estruturada para evitar resquícios de sua participação no novo regime.”

Equador oferece asilo a Julian Assange (23/08/12)

Na semana passada, o governo equatoriano concedeu asilo político ao fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, contudo o caso ainda não apresenta soluções

   O australiano Julian Assange (JÁ), 41, que permanece desde 29 de junho na Embaixada do Equador em Londres, ganhou o direito de asilo político no país sul-americano na quinta-feira, dia 16.

A decisão não agradou os outros países envolvidos. O Reino Unido declarou como sendo obrigatório o cumprimento da extradição de Julian para a Suécia. Autoridades suecas exigiram explicações ao embaixador equatoriano em Estocolmo pouco após o anúncio sobre a concessão de asilo político.

 

   Os Estados Unidos, por sua vez, declararam que não têm intenção de se envolver no assunto e que este cabe apenas aos governos britânico, sueco e equatoriano.

 

   Contudo, de acordo com o ministro equatoriano das Relações Exteriores, Ricardo Patiño, uma das preocupações em que foi baseada a concessão de asilo político a Assange, é a possibilidade de que ao ser extraditado para Suécia, o ciberativista seja entregue ao país norte-americano, onde pode ser julgado e condenado à prisão perpétua ou a pena de morte.

 

   Apesar da deliberação do governo equatoriano, os impasses continuam. Equador e Reino Unido não chegam a um consenso e o governo britânico ameaça quebrar com acordos diplomáticos e invadir a Embaixada do Equador no país. Esta ameaça é considerada pelos pro-Assange como uma violação ao Congresso de Viena, que regula as regras de diplomacia desde 1961.

 

   O doutor em Ciências Sociais pela Universidade de Bruxelas, Paulo Roberto de Almeida discorda. Segundo ele, a posição britânica de negar o salvo-conduto* ao fundador do WikiLeaks é correta, pois este não está sendo perseguido politicamente. Assim, a entrada na Embaixada pode ser um procedimento legítimo se o Reino Unido considerar um desrespeito à sua lei.

Já o doutor em Comunicação pela Universidade de Brasília, Fernando Oliveira Paulino considera razoável a constituição de uma comissão de mediação com representações internacionais, para que os interesses de ambas as nações não sejam feridos.

 

   Julian Assange fundou o WikiLeaks em 2006. Em 2010, após publicar inúmeros documentos do governo norte-americano sobre possíveis crimes cometidos nas Guerras do Afeganistão e do Iraque, o site ganhou reconhecimento mundial. No mesmo ano, Julian foi acusado de estupro e abuso sexual na Suécia e tornou-se procurado pela Interpol. Apresentou-se à polícia em Londres, negando as acusações, foi preso e liberado dias depois.

 

   Se Londres cumprir com sua palavra e extraditar Assange para Suécia, ele teme que seja entregue aos Estados Unidos e processado pelo governo do país por espionagem, fraude e abuso de computadores. Assim, no último domingo, em um discurso na Embaixada equatoriana em Londres, JA agradeceu aqueles que o apóiam e pediu que o presidente Barack Obama renuncie a essa “caça às bruxas” ao site WikiLeaks.

bottom of page